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Lisboa quer empresas e freguesias a fazer de polícias dos graffiti
Juntas de freguesia também deverão ser envolvidas na luta contra a proliferação de tags. Graffiter duvida da eficácia da medida.

É uma medida que já existe em várias cidades europeias e que, em breve, pode vir a ser implementada em Lisboa: a câmara municipal (CML) vota hoje uma proposta para obrigar as empresas que venham a remover graffiti na cidade a fiscalizar a área que limpem. O documento - que resulta de uma iniciativa do vereador do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, e que deve ter a aprovação da maioria socialista - prevê ainda que, no futuro, a tarefa venha a ser partilhada com as 24 juntas de freguesia da capital. O autarca centrista acredita que o processo poderá ter "resultados muito significativos" num prazo de "dois ou três anos", mas Pariz One, graffiter há 16 anos, duvida da sua eficácia.

"Isto só pode mudar alguma coisa se [pintar graffiti] for considerado um crime", defende o português de 30 anos, que, enquanto artista, considera "um bocado indiferente" a ideia que a CML pretende agora concretizar. A intenção, explica João Gonçalves Pereira, é sobretudo "autorresponsabilizar" as empresas no combate ao graffiti - uma questão para que, afirma, Lisboa "despertou mais tarde" do que outras capitais da Europa.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4539419
Lisboa quer empresas e freguesias a fazer de polícias dos graffiti